Volume do açude de Boqueirão cai a 7% e atinge pior nível histórico na Paraíba
O açude Epitácio Pessoa, conhecido como açude de Boqueirão, no Cariri, chegou mais uma vez ao pior nível histórico, nesta sexta-feira (16). O volume de água do reservatório chegou a 7%, batendo um novo recorde negativo desde a fundação e primeira sangria do açude, no fim da década de 50.
O açude de Boqueirão abastece a população de Campina Grande e de outras 19 cidades da região da Borborema paraibana.
O reservatório tem capacidade para 411.686.287 de metros cúbicos de água, mas está com apenas 28.851.695 metros cúbicos. Nos últimos 10 anos, o açude sangrou três vezes. A última vez que Boqueirão esteve com a capacidade máxima foi em 2011.
Por causa do baixo nível de água do manancial, os municípios atendidos estão enfrentando um esquema de racionamento de água desde dezembro de 2014. Algumas cidades atendidas pelo açude de Boqueirão chegam a passar 15 dias sem receber água.
De acordo com a Aesa, a temporada de chuvas da bacia do Cariri paraibano fica entre os meses de fevereiro e abril. O açude também recebe recargas por meio dos rios Paraíba e Taperoá, que também estão secos pela falta de chuvas.
Sem previsão de chuvas, a esperança mais viável para recarga do manancial é a tranposição das águas do Rio São Francisco. Uma comissão formada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), Agência Nacional das Águas (ANA), Aesa, Ministério da Integração Nacional e representantes comerciais acredita que a obra seja concluída em abril de 2017.

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