Prefeita Edna Henrique tem prestação de contas aprovada por unanimidade no TCE


Prefeita Edna Henrique tem prestação de contas aprovada por unanimidade no TCE
Em tempos de seca, as obras da transposição do Rio São Francisco trazem esperança para a população paraibana, que está sofrendo com a escassez de água. A obra está na região do Cariri, em Monteiro, e a expectativa é que até maio de 2017 as águas cheguem até o Açude de Boqueirão.
Em Monteiro, a água só existe através de poços perfurados no meio da cidade. “A gente cozinha, toma banho, faz tudo. Já chegamos a passar 8 dias sem água na torneira”, diz Luzia Mendes, dona de casa.
Obras
As obras de transposição acontecem há quase 10 anos. O trecho onde as águas do Rio São Francisco passam, com destino ao açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), fica entre a divisa de Pernambuco e Paraíba, através do emboque de um túnel da obra. No percurso, a água chega ao açude de Poções, na zona rural de Monteiro. Esse é um dos principais reservatórios responsáveis por encaminhar a água até o açude de Boqueirão, que abastece Campina Grande e outros 18 municípios do estado. O problema é a falta de estrutura para garantir que esse processo flua a tempo.
“Há a necessidade de se fazer pequenas obras em três mananciais; um deles, é o açude de Poções, que é preciso ampliar a descarga de água e o sangrador, devido a demanda que vai ser utilizada na transposição. Atualmente, o açude foi projetado para uma demanda bem inferior ao que está previsto na transposição”, explica Renato Avelar, chefe da unidade regional do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).
O sangradouro do açude de Poções está completamente seco. A última vez que o reservatório chegou a sangrar foi no ano de 2008. Para que as águas da transposição do Rio São Francisco cheguem ao açude Epitácio pessoa, mananciais como esse precisam passar por algumas reformas, a exemplo do próprio sangradouro, que precisa ser completamente ampliado.
Segundo o chefe da unidade regional do DNOCS, a previsão é de que as águas da transposição estejam próximas aos açudes de Boqueirão entre abril e maio do ano que vem. Nesse caso, o reservatório já teria suporte para isso.
A transposição pretende levar água a 12 milhões de pessoas em 390 municípios nos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte
Crise Hídrica
Em razão de crise hídrica, a Paraíba tem 14 municípios em situação de alerta; outros 84 em racionamento, entre estes Campina Grande, segunda maior cidade do estado; e 32 onde os sistemas de abastecimento já entraram em colapso. Em 15 cidades o fornecimento não é operado pela estatal.
O governador Ricardo Coutinho anunciou nessa segunda-feira (5), a construção de três novas adutoras que fazem parte das ações de combate à crise hídrica que atinge a Paraíba, representando investimentos superiores a R$ 7 milhões.
Ele também comentou que vai assinar, ainda este mês, a ordem de serviço para as obras da estação de tratamento de água, juntamente com a adutora de captação de água da cidade de Coremas. “Ao longo de anos, tendo um manancial às suas margens, a cidade nunca teve sua água tratada, o que dificultou muito a qualidade de saúde e de vida dos moradores. É um pedido antigo da população de Coremas. Cerca de R$ 6 milhões serão investidos”, observou.
Projetos
Um projeto para levar água de João Pessoa para Campina Grande existe. Um especialista da UFPB explicou como seria a ideia que poderia evitar um colapso no abastecimento da segunda maior cidade do estado.
Um dos projetos sugere um sistema adutor, saindo do sistema Gramame/Mamuaba, que abastece a Região Metropolitana de João Pessoa, passando pelas margens das BRs 101 e 230 até Campina Grande. Segundo ele, adutoras mais estações elevatórias custariam cerca de R$ 352 milhões. “O projeto Várzeas de Sousa, destinado ao cultivo de cinco mil hectares, e hoje não serve a mais de mil, custou R$ 1,5 bilhão”, comparou.
A segunda alternativa por ele apresentada propõe a adutora Monteiro/Gravatá. O projeto, explicou o professor, teria vida útil de 40 anos, e um custo estimado de execução no valor de R$ 160 milhões. Portal Correio

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